Charutos...

Retirei esses dados da rede, não fui à Cuba, mas fumo charuto! Segue esse post como informação cultural. Sabemos que fumar faz mal à saúde, ao bolso e às pessoas em volta, mas não sou um santo vivo na Terra e gosto de um bom charuto. Só quem fuma charuto - do bom - sabe o que falo, vale registrar, não se traga um charuto como cigarro, por isso o mal se suaviza; não que não tenha, mas onde não está o mal?!? Podemos evitá-lo?!? É claro... mas deixe-me fumar o meu charuto! Não jogarei fumaça em você!
Nada melhor, depois de um dia, ou semana de trabalho, um whisky, ou uma cerveja, ou um café com um charuto cubano no jardim de casa?!?
Aquele que não tiver isso, tudo bem, é a vida, então na janela do apartamento. Existem alguns lugares no Rio onde se degusta charuto sem problemas. Falaremos sobre ele por aqui, de vez em quando.
Ontem fumei um Partagas, Corona, dessa fábrica de onde o amigo da rede postou essa foto e o fez escrever esse texto que posto agora abaixo!
Grande beijo!
Wallace

Cuba é conhecida e famosa pelos seus charutos. Fiz uma visita em uma fábrica chamada Partágas (esse prédio do lado esquerdo da foto) que fica no centro de Havana. Dentro da fábrica não podia fotografar, só pude fazer esta foto desta mulher que ficava fazendo charuto como demonstração na lojinha que tinha na parte da frente da fábrica. Mas dentro da fábrica era impressionante a precariedade da coisa, todo trabalho é feito manualmente e cada funcionário tem metas diárias em seu processo de produção, então é tudo muito sistemático e ninguem para pra ficar batendo papo.
A cena me lembrou uma fábrica antiga, tirada de um filme antigo, onde todos estavam enfileirados em suas mesas de madeira (como esta da foto) e sentados em cadeiras de madeira nada confotável e muito menos ergonômica. E dentro de toda fábrica ouvia-se um som alto que vinha dos auto-falantes espalhados por toda fábrica onde vc ouvia uma pessoa que ficava lendo as notícias, ou algum livro para os funcionários se distraírem (o guia me disse que antigamente uma pessoa ficava lendo em voz alta na própria sala). Mas é engraçado, esse ambiente todo me lembrou uma concentração nazista (cena de filme), ou uma espécie de trabalho escravo, onde os sons pareciam fazer uma espécie de lavagem cerebral nas pessoas.
Esse dia que fui na fábrica estava muito quente, a temperatura estava por volta de 30º e dentro da fábrica devia estar mais quente ainda, eu estava morrendo de calor e pensei comigo, aqui não deve ter ar condicionado para não prejuficar as folhas usadas no charuto, não mantive a curiosidade e perguntei para o guia se o motivo era realmente esse. Foi aí que me impressionei com a resposta: "não, simplesmente não ter ar condicionado para economizarem dinheiro". Mais uma vez me lembrou uma cena de trabalho escravo em um negócio que rende fortunas para o governo. Quem consome charutos sabe muito bem quanto custa um bom cubano.