Queridos(as) visitantes, para alguns que sabem tenho dois livros lançados, para os que não sabem, souberam agora.
O primeiro é um romance, o segundo é de poemas. Algumas pessoas querem ler meus livros, pelos mais variados motivos. Optei por postar aqui um dos meus poemas, que estava no primeiro livro e que estará no 3º livro, basta eu ir à editora, o que fiquei de ir há uns três anos... mas, isso é outra história. Optei por esse poema, não só pelo tema, mas também pelo processo de construção, confuso - intencionalmente - como a "alma" do eu-lírico num lugar diferente, distante de onde estava... guereiro é guerreiro em todos os lugares... mesmo morto... Cumpriu sua função. Espero que o entendam.
Acredito em que, no mais tardar, no segundo semestre o livro sai. Pelo menos daqui de casa!... :-)))))
Bj
soldados mortos
abri a porta entrei
a escuridão ao meu redor
me envolvia a minha
pele ficou escura
também eu e a solidão
escura éramos unos
e a confusão do equilíbrio
deturpava a minha
cabeça sedenta de
luz o costume não
apura a necessidade
tateei nas paredes
minhas mãos ficaram
vermelhas de sangue
meus olhos clareavam
o caminho modorrento
não ajudava a minha
ansiedade a minha visão
acostumou-se com a
escuridão vejo um
vulto à minha frente
o que você quer?
procuro a saída
todos procuramos a
saída a sua arma também
está aqui contigo
a última vez que me vi
estava num campo de
guerra ajudando uns
soldados a matar outros
soldados tentarei pegar
aquele facho de luz que
dali aparece é uma faca
que retiro do peito de
outro guerreiro que se
levanta pedindo um cigarro
a escuridão nos faz
viver no mesmo nível
de mediocridade
brigamos pela liberdade
das pessoas que querem
sugar mais o sangue
envenenado de palavras
doentes nocivas à
humanidade minha
farda pesa no meu corpo
molhado de sangue e
bala e corpos mutilados
este relógio não é meu
nem este braço despido
de um corpo suado
ficarei aqui com
agora meus amigos
brindemos nossa liberdade
na escuridão do exército
dos infelizes
segunda-feira, 23 de junho de 2008
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6 comentários:
Caraca hein?!
Show de bola o texto. Nem tenho o que comentar sobre ele.
rs
Grande beijo, Karine
Aee, enfim vou poder ler um livro seu. =)
Mas como vc disse que nao "vende" seus livros pra aluno, quando ele for publicado nao devo estar estudando mais no República e, logo, vou poder ler.
=D
Vou querer autografado hein?! rsrs
Grande beijo, Karine
Salve-salve meu nobre amigo/mestre/tio Wallace...
Parabéns pela execução de mais esse projeto.
Belíssimo poema meu caro, adorei.
Imagino o quanto deve ser terrível, confuso e cruel o universo de uma guerra... Ter que aprender "lições de vida" imerso em sangue, corpos, solidão e hipocrisia.
Adorei a parte do: "...brigamos pela liberdade
das pessoas que querem
sugar mais o sangue"
Fraternal e saudoso abraço em ti, luz, amor e PAZ pra gente...
Primeira resposta para Karine...
O Poema agradece suas "não-palavras", mas entende sua (re)ação!
Bj do Wallace
Segunda resposta para Karine, quando disse que não vendo livro para "aluno", foi uma forma de dizer que um professor não deve fazer propaganda de seu livro para ganhar dinheiro do aluno, só isso!
Quando eu o lançar, vou avisar à turma!
Beijo do Wallace
Grande Felipe, valeu pela visita, sempre somando... esse poema é mais um sobre guerra. opetei por "entrar" no momento em que o soldado morre e não muito bem onde está... Meio tétrico... meio "metaleiro", mas bastante triste...
Obrigado pelas palavras!
Bjo para o casal do Wallace
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